terça-feira, 29 de julho de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Peru - Lima

Nosso ônibus da Cruz Del Sur saiu às 18:00 de Cusco em 25/Jul e chegou em Lima às 15:00 do outro dia. Pagamos 180 soles cada, mas mesmo assim foi mais barato do que ir voando. Esse ônibus possuía poltronas de couro largas, confortáveis e altamente reclináveis, tela de LCD com filmes, jogos, música e internet. Além disso, estava incluso uma refeição e um café da manhã. Apesar de todo o conforto, a viagem não foi muito boa, pois a rodovia passava entre as montanhas, o que causava um desconforto devido às inúmeras curvas. O resultado foi que não conseguimos dormir muito.


Teve até bingo!
Chegamos na casa que reservamos pelo Airbnb e fomos comer uma refeição descente. Não que a do ônibus não estivesse boa, mas comida feita na hora é outro nível. No tempo que nos restou só tivemos tempo de conhecer o bairro de Miraflores, que é um bairro moderno, com calçadas largas, edifícios, restaurantes e parques. Se tivéssemos mais tempo, iríamos conhecer o centro de Lima ao redor da Plaza Mayor. Fica para a próxima vez.

Parque 7 de Julio

Igreja ao redor do parque

Bancos do parque do amor inspirados no Gaudi

Parque do Amor

Vista de uma parte da orla

Uma vez em Miraflores, aproveitamos e nos deliciamos num restaurante chamado Mangos no Shopping Larcomar. Decidimos ir no Buffet que custou 63 soles e incluía a sobremesa. Nunca comi tanto ceviche e frutos do mar excelentes à vontade. O único contraponto foi que eu fiquei com alergia, mas nada que um antialérgico não curasse.

O autêntico ceviche!

Fazendo uma boquinha no Parque 7 de Julio



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Peru - Machu Picchu

Contratamos um tour pelo Valle Sagrado, e na cidade de Ollantaytambo, tomamos o trem da Inca Rail (a Peru Rail também faz esse trajeto) para a cidade de Águas Calientes. As passagens de ida e volta custaram USD 115 por pessoa e inclui um snack com uma bebida. Os trens são confortáveis, mas tem pouco espaço para acomodar as mochilas e eles balançam muito. Se você estiver com mochilas muito grandes, precisa pedir para os assistentes do trem colocá-las num compartimento no início ou final do vagão. 


Quatro lugares com uma mesa
Dormimos em Águas Calientes pagando 70 soles por uma diária num Hostel ruinzinho. A cidade é voltada totalmente para o turismo, por isso tem que se tomar cuidado com os restaurantes tipo “tourist trap”. Eles oferecem um cardápio completo com entrada, prato principal e sobremesa por 15 soles (12 reais), mas as porções são pequenas e muitas vezes o sabor não é bom. Nosso conselho é que tente comer nas barraquinhas da rua ou escolha um restaurante um pouco melhor, sem essa estória de menu turístico. Como dizem meu amigos do meu último emprego: restaurantes migués! Claro que existem bons restaurantes, mas os preços são bem spreadados como os de São Paulo.

Da esquerda para direita - espetinho de frango, estômago, coração de boi (5 soles)

Fiquei com o de frango, pois ainda tinha que pegar um trem
Acordamos às 4:30 da madrugada no dia seguinte para pegar o primeiro ônibus para Machu Picchu às 5:30. Levamos 15 minutos para chegarmos na entrada, mas esse trajeto pode ser feito caminhando uma hora por uma trilha. Resolvemos poupar energia e somente descer essa trilha. A passagem do ônibus pode ser comprada num terminal de ônibus perto da estação onde se desembarca do trem. Aqui vai um aviso: prepare-se para pegar filas para esses ônibus e para entrar em Machu Picchu. Existem alternativas para se ir a Machu Picchu. A primeira é que você pode tomar um ônibus de Ollantaytambo até a Usina hidrelétrica que fica a cerca de umas duas horas de caminhada de Águas Calientes. Isso faz você economizar muita grana, pois as passagens dos trens são caras. A outra alternativa é fechar uma turma pequena e contratar um pacote de trekking de 5 dias até Machu Picchu. Nesse caso, a economia não é o foco, e sim a aventura de se chegar até lá caminhando. Se tivéssemos mais tempo e dinheiro, talvez tivéssemos escolhido essa alternativa. Não vou falar sobre Machu Pichu aqui, pois o texto se tornaria muito extenso. Então convido-os a assistirem um documentário da NatGeo - National Geographic.
Esse era um dos meus sonhos de adolescência, vontade despertada numa aula de história do Prof Celso do Colégio Lantagi de Registro.




Ollantaytambo

Ollantaytambo
 
Trilha que liga MachuPicchu à Águas Calientes

MachuPicchu

Fizemos a trilha do Portal do Sol - 2 horas no total

MachuPicchu vista do portal do Sol

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Peru - Cusco

Saímos de San Pedro de Atacama às 20:00 com destino à Arica pela Tur Bus numa viagem não tão tranquila de 9 horas. A polícia Chilena parou nosso ônibus e tivemos que descer, pegar todas malas, até as que estavam na parte de carga do ônibus, e passar por uma revista e raio-x. Além disso, nosso motorista correu muito nas estradas sinuosas entre a cadeia de montanhas. Chegando em Arica, optamos por tomar um Taxi numa parte especial do terminal e passar a fronteira, pois os horários de ônibus não nos eram convenientes e iria demorar mais ainda para passar na Aduana. Passamos sem problemas e chegamos no terminal internacional de Tacna às 6:00. Pegamos um outro Taxi para o terminal Los Incas de onde sairia um ônibus direto para Cusco. Um detalhe: pegamos taxis, porque eles são bem baratos no Peru. Como nosso ônibus só sairia daqui  a 6 horas, deixamos nossas mochilas no locker improvisado numa lanchonete e fomos conhecer a cidade. Como estava com muita fome, pois ainda não tinha tomado café da manhã, resolvi experimentar um lanchinho local: Suco (quente) de cevada e Suco (quente) de quinua e um pão achatado e frito local. Uma delícia! Quando viaja é preciso abrir sua mente!


Passeamos um pouco pela cidade, fomos até o mercado central que era bem perto e acabei não resistindo ao prato local chamado de Lomo salteado por 4 Soles (3,20 reais)! Ele é uma fusão das cozinhas chinesa e peruana, pois o método de cozimento da carne nas panelas woks e a combinação de ingredientes peruana. Para acompanhar, pedi uma Inka Cola que é um bebida de cor amarela com aroma e gosto de tubaína. A Ca não teve coragem de comer no mesmo local que eu e preferiu um suco com um sanduíche.


Pegamos nosso ônibus e finalmente chegamos às 5:00 da manhã no terminal de Cusco. Deixamos as malas no Hostel e fomos explorar a cidade de Cusco.

Mapa de Cusco resumido com os principais pontos turísticos
Tivemos aproximadamente uns dois dias completos para conhecer a cidade ,que foi o centro do Império Inca, antes de partirmos para Machu Picchu. A primeira tarefa que fizemos foi comprar o boleto turístico integral válido por 10 dias e que lhe dá direito a entrada em alguns museus por 130 Soles (104 reais). Existe um outro com validade de 1 dia por pouco mais da metade do integral. Não é barato, mas o ponto é que ele existe a obrigatoriedade dele em qualquer tour que contrate, pois além de  incluir a entrada de alguns museus também contempla alguns pontos turísticos de alguns tours.


Não gostamos muito de contratar tours por agências, pois eles te colocam um spread, ou seja, comissão que nem sempre é tão baixo. Contudo, devido ao tempo escasso, resolvemos comprar um  tour de metade do dia que incluía: Catedral, Koricancha, Sacsayhuaman, Qenqo, Pukapukara, Tambomachay por 50 Soles. O cronograma foi cumprido e o guia era muito bom, pois explicava em espanhol e em inglês impecável. Mas, o que reforçou nossa opinião de não contratar pacotes foram dois fatores: muita gente para um só guia, vários turistas que só queriam tirar umas fotos e ir embora sendo até desrespeitosos com os outros e com o guia, e por fim, pelos pontos turísticos estarem muitos cheios. Uma alternativa é formar um grupo menor e contratar um guia.

Tambomachay

PukaPukara

Sacsayhuaman

No dia seguinte, tratamos de organizar nossa ida à Machu Picchu. Só contratamos a metade do tour do Valle Sagrado e uma diária num Hostel em Águas Calientes pela agência de turismo (70 soles). As entradas para Machu Picchu e os outros transportes, fizemos por conta própria. É claro que tivemos alguns contratempos, como por exemplo, não conseguimos de forma alguma comprar os tickets de Machu Picchu pelo site oficial. Funciona assim: 1-Você entra no site, segue todos os passos e consegue gerar uma reserva que possui um código; 2- Você pode pagar pelo próprio site ou via boleto bancário no Banco de La Nacion de Peru em menos de 6 horas, pois sua reserva espira nesse tempo; 3-Depois de pago, deve entrar novamente no site oficial e na opção check-in deve inserir o código e gerar finalmente os tickets. Adivinha o que aconteceu conosco? Tentamos de todas as formas pagar pelo site com o cartão VISA no tal Verified by VISA, mas não conseguimos. Então imprimimos o boleto bancário e fomos pagar no banco determinado. Você deve estar se perguntando: E se eu quisesse comprar os tickets no Brasil antes de ir para o Peru. A resposta é que você iria quebrar a cabeça e morrer de raiva, pois a maioria das pessoas não consegue comprar. Se duvida, tente simular uma reserva e veja a variação de número de entradas disponíveis de um dia para outro. Uma solução é ligar no VISA e tentar fazê-los habilitarem seu Verified by VISA no Peru, a outra pode ser entrar em contato com o vendedor oficial dos tickets, e por fim, a que dói mais no bolso, comprar de uma agência. No próximo post dedicado somente à Machu Picchu, explicaremos melhor o roteiro para ir e voltar de lá. No tempo livre que tivemos, visitamos alguns museus incluídos no boleto turístico como o de Cultura Popular, Histórico Regional e Municipal de Arte Contemporânea. A maioria deles ficam pertos da Plaza de Armas. 

Plaza de Armas

Recomendamos uma visita ao mercado municipal para conhecer mais a culinária e os produtos locais.



Culinária Peruana
Nos dias em que passamos aqui , conseguimos visitar o mercado municipal, experimentar algumas comidas de rua e degustar alguns pratos típicos em bons restaurantes.
Comecemos pelas frutas:


Da esquerda para direita: membrillio (espécie de pera), granaria (maracujá doce), pepino doce.
Agora, as cervejas:


Lipeña – cerveja de quinua. Uma american lager que troca o gosto de milho pelo sabor da quinua no final. Na verdade ela é Boliviana...


Ch´ama – cerveja de coca. Uma american lager com um amargor ressaltado e um final com gosto de folha de coca


Cusqueña Dourada – Uma Premium american lager 100% malte. Nada demais, sabor adocicado do malte e final com leve amargor.


Cusqueña Negra – Lembra uma Malzebier um pouco menos docom, mas cm 100% malte.


Pisco Sour - famosa bebida alcóolica Peruana


Bife de alpaca, batatas fritas, arroz e legumes


Cuy(espécie de porquinho da Índia), Chocolo(millho gigante), cebolas e tomates, pimentão recheado com carne bovina e legumes empanado.

Experimentamos também os sucos populares conhecidos por: chicha morada que utiliza o milho negro e suco de cocoa. 


Cocona - fruta cítrica boa para se fazer sucos


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Bolívia - Uyuni

Como já havíamos dito no post anterior, negociamos os pacotes de passeio de San Pedro de Atacama e Uyuni juntos, e por isso, conseguimos um bom preço. O pacote de Uyuni consistiu em 4 dias de experiências inesquecíveis. Desde os locais visitados, pessoas e culturas que conhecemos. Abaixo, detalho a programação dos dias e no final do post as situações que passamos.

1ºdia - Laguna Verde, Laguna Blanca, Desierto Dali, Àguas Termales, Geyser Sol de Mañana, Laguna Colorada

Laguna Blanca

Outra da Laguna Blanca

Laguna Verde

Águas Termales - terma natural

Águas Termales

Geyser Sol de Mañana

Laguna Colorada

Laguna Colorada com as Lhamas

2ºdia - Árbol de Piedra, Desierto Siloli, Lagunas Altiplânicas: Chiarcota, Honda, Hedionda, Cañapa, Volcán Tomasamil, Mirador Volcán Ollague, Salar de Chiguana, San Juan de Rosario

Árbol de Piedra

Desierto de Siloli

Laguna Chiarcota

Laguna Honda
Tornado no deserto!

3ºdia - Salar de Uyuni, Ista Inca Huasi, Valle de Cactus, Cidade de Uyuni

O famoso Salar de Uyuni ao amanhecer!

O Salar de Uyuni com um pouco mais de Sol

Valle de Cactus

Valle de Cactus

A cidade de Uyuni

Flamingos numa das lagunas altiplânicas
4ºdia - Revisitamos alguns locais no caminho de volta para San Pedro de Atacama


Situações Não Programadas
Olhando as fotos acima, tudo parece uma maravilha, mas sempre acontecem algumas coisas inesperadas, algumas um pouco trágicas e outras engraçadas. Somente para contextualizar as situações, começaremos dizendo como conhecemos nossos 4 novos amigos que participaram desta situação. No primeiro dia, uma Van passou no nosso hostel com 2 deles (James e Nam) e fomos para a Aduana do Chile, ficando quase 2 horas na fila. Depois, nos levaram até a fronteira com a Bolívia onde se situa a Aduana deles. Esse até que foi rápido. Então, colocaram nossas bagagens num veículo 4x4 com lugar para 6 passageiros e um motorista. Foi aí que conhecemos nossas duas novas amigas (Caroline e Ana). No final do primeiro dia, acontece a primeira situação chata. Nos levaram num hostel distante de tudo, com racionamento de energia, banheiros ruins, sem papel higiênico e que para tomar banho quente ou frio, teria que desembolsar uma taxa pequena. Por desaforo, cansaço e frio, eu não fui tomar banho. Até fui ver a tal da água quente, mas a coisa seria feia, pois estava uns -20ºC e o interior do hostel obviamente não tinha isolamento térmico. Então pela primeira vez na minha vida, passei frio a noite. E olha que eu estava com uma calça própria para o frio, casaco e meias (o que nunca usei!). Acordei umas 10 vezes por causa do maldito frio. A Cá e os outros também não conseguiram dormir. No dia seguinte, dormimos num hostel de sal em San Juan de Rosario, e novamente eu e mais dois tivemos que tomar banho frio. Os demais tiveram sorte, pois arrumaram o aquecedor e puderam tomar banho de 5 minutos quente, ou melhor, morno. E olha que tinha uma senhora que ficava te lembrando que seus 5 minutos acabaram. No terceiro dia, ficamos sabendo que tinham bloqueado há alguns dias a cidade de Uyuni. Para a reforma do novo terminal e outros interesses políticos, um grupo fechou as principais vias de acesso a Uyuni, não deixando ninguém passar, principalmente ônibus e caminhões de combustível. Para nós, Cá e eu, não havia muito com o que se preocupar, pois no final desse dia dormiríamos numa uma outra cidade, como planejado, e voltaríamos para San Pedro. Contudo, nossos 4 novos amigos estavam com problemas, pois todos planejavam ficar em Uyuni e de lá pegar um ônibus ou um voo para outras cidades. O que ocorre é que se você conseguir furar a barreira por alguns atalhos pelo deserto, você não consegue sair mais, pois não havia mais combustível na cidade, então nenhum veículos terrestre ou aéreo saia da cidades. Daí começou a bagunça, pois estávamos almoçando numa cidade perto e encontramos todos os outros grupos que estavam com o mesmo problema nosso. Ao invés dos guias Bolivianos conversarem e definirem para onde levariam os que não voltariam para San Pedro, deixaram as pessoas (turistas) negociarem. Já podem imaginar a zona! Algumas horas depois, finalmente resolveram e nossos quatro amigos forma para Oruru e depois definiriam o que fariam, pois era a cidade mais próxima com possibilidades de saída e com caixas eletrônicos. Pois é, ainda tinha essa questão dos Bolivianos, pois os quatro tinham levado o dinheiro contado. Quanto a nós, fomos vendidos para um outro guia por 30 dólares! Eu explico! Nosso guia nos mandou para um outro carro onde havia um casal que iria também voltar para San Pedro. Daí como os dois guias não fazem parte da mesma agência, o nosso pagou um taxinha para o outro nos levar no carro dele. Mas, no final tudo deu certo e acabamos conhecendo mais 4 pessoas legais no retorno para San Pedro.

Agora estamos indo para Cusco e Machu Picchu!