domingo, 30 de novembro de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Índia - Delhi

Chegamos no aeroporto de Delhi e desembarcamos no terminal 3, justamente de onde tomamos o metro expresso para a estação de New Delhi (Rs 100). O hotel que escolhemos fica estrategicamente a poucas quadras dessa estação, na rua Main Bazar. Além disso, é de onde partirá o trem que pegaremos para Agra. A propósito, compramos todas as passagens de trem na Índia pelo site www.cleartrip.com seguindo os passos do cadastro do excelente site www.seat61.com. Contudo, recomendamos que faça isso com, pelo menos, uma semana de antecedência, pois existem alguns passos no cadastro que não depende somente de você. Se não conseguir ou preferir comprar na estação, aconselhamos tomar muito cuidado com certos elementos, que ficam perto das estações, que tentam te enganar direcionando-o à comprar em agências que cobram uma comissão. Se tiver que perguntar onde compra o ticket do trem, pergunte a algum policial ou funcionário da estação devidamente identificado. Estamos alertando porque fomos abordados por 2 pessoas que pareciam funcionários, mas que na realidade não eram. Esses indivíduos tentaram nos direcionar para uma agência ou para um tuk tuk nos levar até o hotel. O pior é que ainda assim, se você escolhesse a segunda opção, poderia levar outro golpe. O motorista do tuk tuk leva você num lugar qualquer e diz que o seu hotel não existe mais e tenta te levar para outro hotel. Enfim, perto das estações e atrações turísticas em Delhi, você tem que ficar esperto com esse tipo de gente e com os trombadinhas.
A parte velha que visitamos (Old Delhi) é bem suja e pobre, por outro lado,  a parte nova de Delhi (New Delhi) possui ruas asfaltadas, edifícios, lojas de algumas grifes famosas e muitos restaurantes. Outra obra que impressiona é o metro, pois ele é limpo, organizado, com vários seguranças e é bem barato. Por exemplo, um passe entre umas 6 estações custou Rs 15 (cerca de 0,25 de dólar).

Metro de Delhi - moderno, limpo e bem sinalizado

Tuk tuk - veículo muito utilizado na Índia

Senhor vendendo uma mistura de legumes, frutas secas e castanhas em Connaught Place

Carrinho de sanduíches diferentes 

Rua Main Bazaar próximo à estação de trem de New Delhi

Mais uma foto das lojas da Main Bazaar

Entrada da Jama Masjid - Maior mesquita da Índia situada em Old Delhi

Turistas apreciando a vista da cidade dentro da mesquita

A mesquista Jama Masjid - Como de costume, para entrar é preciso tirar os sapatos

Entrada principal da mesquita

Interior da mesquita

O Forte Vermelho de Delhi

Uma das entradas do forte

Comércio de roupas, souvenirs, bolsas e jóias dentro do forte


Complexo de Humayun













Palácio onde fica o túmulo do imperador


A tumba do imperador Humayun

Distribuição da refeição gratuita para os seguidores e não seguidores da religião Sikh em Gurudwara Bangla Sahib

Primeiro eles rezam do lado do fora do salão e depois eles entram para fazerem a refeição

O prato é praticamente o Thali (veja no final do post)

Nos bastidores, homens e mulheres se revezam para fazer as comidas. Aqui estão fazendo o pão nan (veja no final do post).

Panelas com sopa de lentilha

Assando o nan - leva de 10 a 15 segundos para ficar assado.

Máquina que amassa a massa fazendo os discos e assa os pães chapati.

Gurudwara Bangla Sahib



Comidas típicas

Logo quando chegamos em Delhi, no primeiro jantar, nos deparamos com o cardápio e logo vimos que a palavra curry não fazia parte dele. Ao invés, aparecia a palavra masala, por exemplo, chicken masala e não chicken curry. Então, comecei a pesquisar sobre o assunto pesquisando na internet, assistindo documentários e conversando com algumas pessoas. O que vou escrever é uma tentativa minha de entender a diferença entre curry e masala. Como não sou expert em culinária, peço que os entendidos corrijam alguma besteira que eu escrever, por favor.
Um documentário que ajudou muito nessa questão e nos pratos típicos da Índia foi Food Paradise India onde o apresentador percorre a Índia atrás da resposta. O site GastroNomade também apresenta uma boa explicação entre a diferença. Pelo que entendi, quando os ingleses voltaram da primeira viagem à Índia, ficaram fascinados com a masala (mistura de especiarias e ervas) e utilizaram o nome curry para esse. A explicação do nome curry pode ter vindo do português, que já utilizavam a palavra caril para uma folha específica que entra na composição da masala. Os portugueses, por sua vez, utilizavam caril, pois é assim que a ex-colônia portuguesa Goa chama até hoje. Então, curry é nome genérico para masala que os ingleses inventaram, dadas as suas experiências com alguns tipos de masalas que provaram na Índia. Os ingleses inventaram um tipo de masala que aproximava o sabor dos masalas que experimentaram e começaram a produzir o curry em pó como conhecemos hoje. Em muitos restaurantes na Índia o termo curry é usado para um molho qualquer ou um determinado tipo de masala, em alguns o termo curry nem aparece.

Chicken tikka masala com arroz e uma coxa cozida no tandoori que roubei da Cá. Desculpem-me pela péssima qualidade da foto, mas estava muito escuro e a câmera do meu celular não é boa.

Naan bread - Parecido com o pão Pita (ou pão árabe ou pão sírio), mas um pouco mais elástico. O chapati é o outro tipo de pão achatado, mas feito somente com farinha, água e sal, não contendo fermento na sua composição.

Ovo cozido, iogurte, pão chapati com legumes e os outros dois não sei o nome. O da esquerda lembra um couscous brasileiro e o da direita graõs de massa de trigo com legumes e amendoim
Eu tinha que provar o Mc Chicken Maharaja, pois é o único no mundo. Gostei, mas ainda prefiro o Big Mac.

Tandoori Chicken - Pedaços de frango marinados no iogurte e especiarias e assados no tandoori. Jeera rice - arroz basmati cozido com sementes de cominho 

Chicken Thali - Arroz basmati cozido, pães naan e chapati com especiarias, iogurte (para neutralizar um pouco o efeito das pimentas), cebolas em conserva, curry de frango, creme de lentinhas e subji ou sabzi vegetais cozidos com molho de pimentas e especiarias. A bandeja, e somente ela, fez me lembrar dos velhos tempos do Badejão da USP! kkkk

Traditional Thali - Ao invés do curry de frango, tem curry de panner que é o queijo cottage indiano. Definitivamente este foi o melhor prato que comi na Índia até agora. 

Eu já havia experimentado comida indiana e vegetariana em São Paulo e tinha gostado, mas a comida daqui está num outro patamar de sabor e de pimentas. Nunca pensei que aguentasse tanta pimenta na comida. O primeiro dia foi terrível, depois de ingerir um chicken masala, fui direto para o banheiro. Com o tempo, o organismo vai se acostumando com a complexidade e potência das misturas de pimentas e especiarias. Depois de alguns dias não senti tanto a pimenta, pude identificar os sabores dos vários ingredientes do prato e não passei mais mal. Num certo dia, pedi um chicken masala sem muita pimenta e o sabor não me agradou, por incrível que pareça. Então, acho que é justamente essa mistura de pimentas ardidas e aromáticas com especiarias é que fazem os pratos da comida indiana sejam tão bons e únicos. Tenho que confessar que antes de vir para cá achava que não conseguiria ficar muito tempo sem comer carne, pois no Brasil comemos carne praticamente todos os dias. E desde muito cedo fui apresentado as delícias vermelhas. Nunca me esqueço do gosto da picanha, cupim e fraldinha mal passados que fazíamos no quintal da casa em que morávamos em Registro-SP. Mas consegui e até perdi alguns quilogramas. Mais um pré conceito quebrado!



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Nepal - Pokhara e Kathmandu

Chegamos exaustos do trekking do Annapurna Base Camp e decidimos descansar um pouco nesta tranquila cidade do Nepal, antes de voltarmos para a agitada Kathmandu. Aproveitamos para lavar algumas roupas do trekking e para pesquisar que pontos turísticos visitaríamos em Kathmandu. 

Tranquilidade das ruas de Pokhara

Calçadas bem largas e bastante comércio

Passeio de barco no lago Fewa

Ilha onde fica o templo hindu de Taal Barahi

Variedades de barcos

Congestionamento de barcos no embarque e desembarque da ilha

Lojinha de souvenirs

Templo Hindu de Taal Barahi

Tomamos o mesmo ônibus turismo para voltar para Kathmandu que somente à 200 km de Pokhara. Contudo, a viagem dura em média 7 horas, pois além da rodovia ser mão dupla e cheia de curvas, ele faz paradas para café da manhã (15 minutos) e almoço (30 minutos). Ambos os ônibus que pegamos foram muito pontuais nas partidas e nessas duas paradas.
Passamos mais 6 dias inteiros em Kathmandu, os quais foram usados para preparar os próximos passos rumo à Índia e para conhecer seus pontos turísticos. Ela é uma cidade agitada com trânsito intenso de carros, motos e pessoas. Na Thamel, principal avenida da cidade, pode-se encontrar lojas bem diversificadas. O destaque é para as lojas de artesanatos, roupas típicas, vestuário e equipamentos de trekking. A variedade de restaurantes também não é ruim, ofertando comida chinesa, indiana, nepalesa, japonesa, chinesa, italiana e alemã. Os cafés e bakeries completam o repertório de alimentação. Nossa recomendação é o Roadhouse Café (Rs 750 em média por pessoa) para pratos italianos, Pinguin Café (Rs 750) para pratos nepaleses e indianos, Eletric Pagoda (Rs 600) para hambúrgueres e snacks, Places (Rs 400) para comidas vegetarianas e veganas, o Weizen German Bakery e o Hot Bread (Rs 100 a unidade) para pães e doces. Para àqueles que voltaram do trekking, assim como nós, e tem uma porção de roupas que precisam ser lavadas, não se preocupem, pois existem vários lugares que oferecem o serviço de lavagem de roupa. Em geral, o serviço é feito em 24 horas (Rs 50 a Rs 150 por Kg), mas se estiver disposto a pagar mais pela agilidade, alguns fazem em até 3 horas utilizando secadoras. Outra dica importante é saber negociar os preços de tudo àquilo que irá comprar, principalmente se não tiver etiqueta de preço. Mesmo com etiqueta, dá para barganhar um preço mais baixo. Abaixo seguem algumas dicas que coloquei em prática no Marrocos, China e Nepal:

1- Quando o vendedor lhe disser o preço, faça uma cara feia e ofereça seu primeiro preço. Seja firme e tente abaixar o preço com outras contra-propostas às dele.
2- Se tiver interessando em outro item, coloque-o na negociação e peça mais desconto.
3- Às vezes é melhor você fazer o “stress test” no vendedor para ver até que preço ele vai e depois ir embora. Daí, mais tarde ou no outro dia, você volta para falar com ele e mostra outra contra-proposta, mostrando o dinheiro vivo. Pode ter certeza que ele vai abaixar mais ainda o preço se tiver alguma gordura nele.
4- Arredonde os valores mostrando dinheiro vivo e em notas de maior valor. Por exemplo, se a melhor oferta dele chegou em Rs 1280 para uma calça, você mostra Rs 1200 em notas e diz que só tem isso. Algumas poucas vezes isso não deu certo comigo.
5- Lembre-se que uma boa negociação é àquela em que ambos saem satisfeitos. Afinal, pode ser que amanhã você volte na loja dele para fazer outra compra.

Em se tratando de pontos turísticos, para visitar os pontos mais distantes, aproveitamos a presença do ilustre casal de Brasileiros Gabi e Thiago, que conhecemos no hotel, para completarmos um taxi e conhecê-los durante uma tarde (Rs 1000 por pessoa). A propósito, aos interessados em viagens e lua-de-mel, recomendo que deem uma olhada no site deles www.hellogringos.com, pois ele é muito bem estruturado, organizado e possui muitas dicas de viagens.

Rua movimentada de Kathmandu

Rua enfeitada com bandeirinhas. Não me perguntem, pois não sei o motivo.

Praticamente não há calçadas, então pedestres, motos, carros e bicicletas dividem o mesmo espaço

Uma área muito tranquila do Eletric Pagoda

Assim como no Japão, é necessário que você tire os sapatos para entrar nesses espaços especiais

Local em Pashupati onde é feito o ritual de cremação dos mortos



Familiares e amigos acompanhando a cerimômia de cremação


Templo de Pashupatinath

Boudhanath Stupa



Praça Durbar da cidade de Patan - Tem que pagar para entrar na praça! Que absurdo!




Visão geral da praça Durbar de Patan 

Swayambhunath ou templo dos macacos

Artesanato




Stupa




Templo e triciclos próximo à Praça Durbar de Kathmandu

Este triciclo é um meio de comum em Kathmandu
Praça Durbar de Kathmandu






Comidas Típicas do Nepal


Momo de vegetais - um variedade do guioza japonês assado no vapor, mas com molho bem apimentado
Variação do Nepali Dal Bhat com curry de frango

Nepali Dal Bhat das montanhas - arroz, massa frita extra fino e crocante, batatas com verduras cozidas, couve cozida e a sopa de lentilha. Tudo muito apimentado!

Alguns preços:
  • Passeio de barco em Pokhara - Rs 430 o aluguel do barco com o remador e dois coletes salva vidas por 1 hora.
  • Templo Pashupatinath - Rs 1000
  • Boudhanath Stupa (Great Boudha Stupa) - Rs 250
  • Praça Durbar de Patan - Rs 500
  • Swayambhunath (Templo dos macacos) - Rs 500 
  • Praça Durbar de Kathmandu - Rs 750

Próximo destino será..... Índia!