sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Volta ao Mundo Jul/14 - Camboja - Siem Reap

Pegamos o trem na estação de trem Hualon Pong de Bangkok às 5:55 da manhã com destino à Aranyaprathet na borda com o Camboja. Chegando lá, vimos uma chuva de motoristas de tuk tuk oferencendo seus serviços para nos levarem até a imigração do Camboja. Todo cuidado é pouco nesta hora, pois há inúmeros blogs falando sobre o golpes (scams) que eles aplicam lá. O primeiro que tentaram nos aplicar foi o do policial fardado que pergunta para onde você vai e que o tuk tuk custa 100 bahts por tabela. Acreditamos no policial e fomos com o tuk tuk que estava perto. O preço cobrado não é ruim, pois se você tentar negociar sem a presença de um policial, provavelmente pagaria bem mais. O golpe acontece quando ele te leva na embaixada ou consulado do Camboja próximo à fronteira para você tirar o visto pagando o dobro do preço de que pagaria se fizesse ao chegar na imigração. Nosso tuk tuk parou em frente desse lugar, e nós falamos que era para ele ir direto para a imigração, pois já tínhamos os vistos. Tudo mentira nossa, pois já sabíamos deste golpe. O cara de pau então deu uma risada e nos levou direto para a imigração. Contudo, mais golpes viriam ... Na imigração preenchemos um formulário sobre doenças e outro para fazer o visto. Pagamos USD 30,00 + THB 100 para emissão de cada visto. Daí você pergunta: por que dólares + bahts? Pesquisamos sobre isso e achamos que esses 100 bahts são proprina que eles combinam entre eles. Você pode pagar os 30 dólares em bahts ou kiels, mas lhe darão cotações pra lá de abusivas. Até esse ponto, nós e outros turistas foram ajudados por um cara com crachá que achávamos que era funcionário da imigração do Camboja. Depois, com os visto em mãos, passamos por outra fila para pegarmos o carimbo de entrada. Logo que saímos estava o lá o mesmo cara indicando dizendo que existia um free bus até a estação de ônibus de Poi Pet no Camboja, e que não era para pagarmos nenhum tuk tuk para irmos até lá. Pegamos o free bus e quando chegamos na estação de ônibus, o mesmo cara estava lá. Neste ponto já era...Caímos no golpe! O cara nos deu todo o auxílio para comprarmos no guichê oficial, pelo menos nós achamos que era, os tickets de taxi até nosso hotel em Siem Reap. Você pode comprar passagem de ônibus também, mas como estávamos em 2 casais resolvemos ir de taxi e direto ao hotel, pois a diferença de preços seria uns 10 dólares. Quando fui pagar os 48 dólares, o cara disse que tinha a comissão dele. Na hora pensei em argumentar, mas tinham dois caras com expressões nada amigáveis me cercando. Tudo bem que sou faixa preta de karatê, mas 3 caras não ia conseguir encarar. Daí eu concordei e paguei cerca de 12 dólares. Até aqui tudo bem, pois iríamos de taxi até o hotel e 12 dólares não fazem tanta diferença se divididos por 4 pessoas. Entramos no taxi e fomos até Siem Reap. A viagem dura cerca de 2 horas e até que foi tranquila no ar condicionado. Ao chegarmos lá, levamos um outro golpe! O taxista parou num estacionamento onde tem uns caras esperando e fala que teríamos que descer lá que o outro veículo nos levaria para o hotel. Antes de concordamos em descer um outro nos garante que ele nos levará ao hotel sem custo algum. Daí descemos do taxi e o ele foi embora. Então, ficamos sabendo que ele nos leva ao hotel gratuitamente se e somente fechássemos um pacote turístico com ele. Que fdp! Daí rejeitamos e fomos procurar um tuk tuk numa avenida mais movimentada. Ou seja, outro golpe, para que você tenha que tomar um tuk tuk. Então, acho que a melhor opção seria ter pegado ônibus e descido no terminal em Siem Reap e depois pegar um tuk tuk para o hotel. Chegando no hotel, conversamos com a gerente e ela nos contou várias estórias sobre golpes. Assim, alertamos aos que irão para o Camboja que fiquem espertos e leiam os golpes nos blogs antes de ir.

Uma das pontes iluminadas de Siem Reap

A famosa Pub street
Uma loja perto do night market

Tem até massagem e show ao vivo

Templo Wat Bo

Barraca móvel que vende fruit shakes (frutas batidas com água, gelo, açúcar e açúcar de palma)

Beng Mealea
No dia seguinte contratamos um tour para as Ruínas do Templo Beng Mealea no hotel mesmo, pois o preço estava na média e sentimos segurança ao conversar com a gerente do hotel. Esse templo fica cerca de 75 km de Siem Reap e leva cerca de 2 horas de tuk tuk. Fomos em 4 pessoas, pagamos 40 dólares pelo tuk tuk e 5 dólares cada de entrada. O percurso até o templo é longo e empoeirado, mais você pode se distrair observando e registrando moradias e bares típicos, campos de arroz e pastagens. Se você prefere conforto ou não tiver muito tempo, recomendamos que vá de taxi. No total levamos 8 horas para fazermos o passeio, pois gostamos de apreciar as ruínas bem calmamente e tirando muitas fotos.  Gostamos muito da visita, pois as construções não foram restauradas, dando um ar de rusticidade e o ambiente é tranquilo sem muito ônibus de turismo com grandes grupos. O único ponto negativo foi que o nosso tuk tuk tombou de lado. Mas calma, pois ninguém se machucou... Apenas tivemos alguns arranhões superficiais. Isso aconteceu porque numa parte do caminho, pegamos um estrada de terra batida, mas que tinha algumas partes bem esburacadas. Numa delas o motorista do tuk tuk perdeu o controle da direção e ele virou lateralmente. As pessoas do vilarejo prontamente vieram a nosso encontro nos ajudar quando tombamos. Mas, foi só um susto e logo continuamos o passeio.










Complexo Angkor
Como tínhamos tempo, decidimos quebrar a visita ao Complexo Angkor em 3 dias. No primeiro, fizemos o grande circuito que compreende os templos: Pre Rup, East Mebon, Ta Som, Preah Khan e Neak Pean. No dia seguinte, o pequeno circuito: Banteay Kdei, Ta Prohm, Takeo, Bayon e Angkor Wat. E no último dia: Santeay Srey, Kbal Spean e Banteay Samre.
Compramos os ticket para 3 dias ao custo de 40 dólares. Esses dias não precisam ser usados consecutivamente, ao contrário, você tem uma semana para usá-los. O custo do tuk tuk foi de 23, 20 e 40 dólares respectivamente.
Eu poderia escrever um breve resumo sobre a história de Angkor e o Império Khmer, mas como não são expert em história, prefiro deixar que os leitores interessados leiam alguns bons artigos disponíveis na internet. Digo isso, pois alguns blogs tentam resumir e acabam cometendo alguns erros.

Acesso à torre central do templo Pre Rup



Detalhe do templo Ta Som




Parte famosa do templo Ta Som onde as raízes da árvore cresceram apoiando-se na construção


Pântano na entrada do Neak Pean

Neak Pean

Entrada do templo Ta Prohm onde foi filmado o filme Tomb Rider













Templo Takeo 


Entrada do templo Bayon




O mais famoso templo Angkor Wat







Templo Santeay Srey



Kbal Spean uma cachoeira que contém vestígios do Império Khmer




Vilas tradicionais
Essas vilas são afastadas de Siem Reap, e só pudemos conhecê-las porque elas ficam no caminho que tomamos para Beng Mealea e no último dia de passeio pelo complexo de Angkor, pedimos para o motorista do tuk tuk nos mostrar os costumes locais. O primeiro costume que conhecemos foi como o açúcar de palma (palm sugar) é feito.

Moça descascando o côco de palma. Não é o mesmo côco que estamos acostumados. Veja à esquerda na foto os côcos comuns.

Esta é palm tree, ou seja, árvore de palma e dela é que são extraídos os côcos a que me refiro na foto acima
Aqui está o conteúdo do côco de palma. Cada côco possui três partes iguais como o mostrado na foto.  O gosto lembra côco verde normal, tem consistência gelatinosa e o líquido é uma água de côco mais doce do que o normal.

À esquerda vê-se a semente do macho e à direita, a da fêmea. Para se extrair o líquido que dará origem ao açúcar de palma, deve-se subir até onde ficam essas sementes fêmeas e fazer cortes em cada um destes gomos e deixar que durante a noite o líquido seja coletado por um recipiente que envolve a semente.

Na manhã seguinte, coloca-se o líquido colhido para ferver e reduzir até que se chegue ao ponto desejado do açúcar líquido.

Objetos feitos com a madeira da árvore de palma. As saboneteiras custaram 1 dólar.

Meninos se refrescando no lago
Homens pescando sua refeição num campo de arroz encharcado.

Eles utilizam essa espécie de funil, colocando na água e em seguida verificando se cercou algum peixe com a mão.

Campo de arroz que acabou de ser plantado

No detalhe

Eles já estavam assando alguns para degustarem


O balde estaca cheio, e não só de peixes!


Esta senhora faz cerca de 3 cestas de rattan dessas por dia.

O rattan no detalhe



Mercado central de Siem Reap





Os frangos vendidos são caipiras, e não os de granja que nós em sampa estamos acostumados a comer.



Pintura na madeira

Entalhando cobre
Moldes de madeira sendo esculpidos

Casulos de bicho-da-seda



Pratos e frutas típicos
Star Apple ou Milk Fruit - Casca com cor roxa ou verde e sabor que lembra o caqui com um pouco de leite da polpa
Açúcar de palma - açúcar feito do líquido proveniente da flor da palma.
Cambodian Noodle Chicken ou Fish - lámen feito com macarrão de arroz, caldo de frango ou peixe e vegetais locais.
Banh Chiao - Tradicional panqueca feita com farinha de arroz, leite de côco e cúrcuma. Ele é recheado com peixe e camarão desfiado com broto de feijão (moyashi) e você ainda pode rechear com folhas de vegetais frescos.
Massa de peixe com pimenta cozido na folha de bananeira.
Longan - fruta com sabor que lembra o da lichia
Khmer Curry - Curry ao estilo Khmer
Mango salad - Salada de manga verde e outros vegetais locais
Cambodian Barbecue -

Abacaxis, mangas e star apple ou milk fruit

Star apple ou milk fruit - a consistência e sabor lembram o caqui e o leite dá uma cremosidade e um leve amargor


Massa de peixe com pimenta assados na folha de bananeira


Banh Chiao - Tradicional panqueca feita com farinha de arroz, leite de côco e cúrcuma. Ele é recheado com peixe e camarão desfiado com broto de feijão (moyashi) e você ainda pode rechear com folhas de vegetais frescos.


Lamen cambojano tradicional de frango - frango, macarrão de arroz e legumes

Amok Fish - Peixe cozido num caldo à base de leite de côco, curry e cujo componente principal é a folha de Amok que dá uma característica amarga ao prato

carocóis temperados cozidos no sol prontos para serem degustados. Eu ia experimentar, mas o nosso tuk tuk driver disse que não era uma boa ideia...

Herança dos tempos em que o Camboja era colônia da França. Até que as baguettes não são ruins, aliás, melhor do que muita baguette das padarias do Brasil.

Frutas diversas - maças, apple mountains, uvas, laranjas, longans, pitayas 

Vegetais diversos - vários temperos, flor de bananeira, gengibre, cúrcuma

Linguiças estilo cambojanas

Peixes secos


Doce feito com farinha de arroz e recheado com açúcar de palma. 

Salada de manga verde com cenoura, pimenta, alface, folhas de manjericão oriental

Curry Cambojano - Não é doce, salgado, azedo e apimentado como os da Tailândia. Pelo contrário, não tem pimenta e o sabor é mais direcionado para o salgado.

Longan - fruta típica cujo gosto, na minha opinião, lembra a lichia.

Não consegui encontrar nenhuma foto deste tubérculo cuja textura e gosto lembram muito a pera.

Este é o cambodian Barbecue, contudo nosso guia nos disse que não é um prato autêntica a culinária cambojana. Ele foi trazido pelo chineses para agradar os turistas.
Lok Lak -pedaços de carne bovina fritos com cebola e um molho do estilo Khmer.


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