quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Volta ao Mundo Jul/14 - Japão - Kyoto

Saímos de Kuki e, finalmente, andei de shinkansen (trem bala ou de alta velocidade do Japão) para com destino à Kyoto. Foi uma viagem tranquila, confortável e sem atrasos de 4 horas. No geral, achei os shinkansens tão bons quanto os da França, Alemanha e Suíça, contudo à organização e limpeza do Japão é um pouquinho melhor. Desembarcamos na moderna estação de Kyoto que é um show a parte.

Shinkansen - trem de alta velocidade do Japão na estação de Tokyo

O interior do shinkansen - este era 2 e 3 poltronas

Estação moderna de Kyoto que contrasta com as construções tradicionais da cidade

Existem muitas lojas e até um hotel bonito colado à estação



Fora da estação de trem, pegamos um ônibus que passava perto do quarto que reservamos pelo Airbnb. O incrível foi que estávamos no rush hour e não tivemos problema de espaço mesmo com nossas bagagens. Alguns dias depois, constatamos que mesmo quando o ônibus está superlotado, as pessoas são educadas e não empurram as outras. Além disso, os motoristas dos ônibus descem para embarcar e desembarcar os portadores de cuidados especiais.

Ponto de ônibus - o detalhe é que tem indicação do número da linha no chão para as pessoas fazerem fila e o painel diz o tempo de espera para o próximo ônibus

Paga-se a passagem com alguns tipos de passes em cartões magnéticos ou em moedas com o valor exato. Se não tiver o valor exato, não se preocupe, basta utilizar a outra máquina que troca cédulas ou moedas em moedas de valores menores
Kyoto possui muitas atrações turísticas além das centenas de templos e santuários. Por exemplo, museus, parques, exposições, centro de compras, teatros e ruas tradicionais. Antes de expormos as fotos e escrevermos um pouco sobre elas, explico porque distinguimos templo de santuário. Uma rápida busca no google maps em Kyoto é o suficiente para ver que existem "temple" (= templo) e "shrine" (= santuário). Pois bem, o primeiro se refere ao lugar religioso do Budismo, enquanto que o outro do Xintoísmo. Mas como saber, ao visitar um lugar religioso, se é um templo ou santuário? Existem alguns sinais que pode-se observar: templo - existem as torres chamadas de pagoda, a oração é silenciosa e o nome do local é seguido de "dera" ou "ji"; santuário - existem portais chamados de torii, batem palmas antes das orações e apresentam o nome seguido de "jingu". Os interessados podem consultar o seguinte artigo que esclarece muito bem o assunto.

Exemplo de pagoda do templo de Sensoji em Tokyo

Portal de um santuário em Nikko
Situações inesperadas

No segundo dia, depois de visitarmos o Santuário Heian, tivemos que parar em frente de uma loja para nos abrigarmos da chuva, pois estávamos sem guarda-chuvas. Só para constar, no dia anterior estávamos munidos deles, mas não caiu uma gota do céu. Depois de uns 10 minutos esperando debaixo do toldo, um senhor aparece e diz para gente que podíamos sentar no banquinho da frente para esperarmos a chuva passar. Depois de mais 10 minutos uma senhora sorridente saiu de dentro trazendo 2 guarda-chuvas. Ela nos ofereceu os e recusamos na primeira vez. Na segunda recusamos novamente e dissemos que não falávamos japonês, embora eu tenha entendido o que ela estava dizendo em japonês. Então, ela sorriu novamente e disse: "purezento". Daí não teve como recusar. Ainda meio sem jeito, fomos caminhando para o ponto e conversando sobre o ocorrido. Achamos que a atitude daquela senhora foi algo muito respeitável, um exemplo de ajuda ao próximo, sem esperar algo em troca. Conversando com nossos familiares, eles nos contaram situações semelhantes ocorridas com eles ou conhecidos aqui no Japão. Isso pode até não ser regra geral, mas é inegável que existe pelo menos uma porção de japoneses que pensam no próximo. Desculpem a exatidão das palavras, pois meu lado matemático falou mais alto. 
Outra situação inesperada foi a passagem do tufão Phanfone em 5/10/14 nas proximidades de Kyoto. Nesse dia, ficamos a maior parte do tempo em casa pesquisando os próximos destinos. Dos 9 dias em que ficamos na cidades, conseguimos somente 3 dias ensolarados. Não tivemos muita sorte, mas mesmo assim aproveitamos bem. Nos dias chuvosos, uma dica é fica andando quadrilátero formado pelas grandes avenidas Shijo, Sanjo, Kawaramachi e Karasuma, pois uma grande parte é coberta.

Um resumo do roteiro

1º dia - Pedalamos as bicicletas pela ciclovia que acompanha o rio Kamo até chegarmos no santuário de Shimogamo, depois fomos até o templo Ginkakuji e andamos um pouco pelo caminho do filósofo Nishida Kitaro que é próximo desse templo. Voltamos para o apartamento, deixamos as bicicletas e pegamos o ônibus até as 4 avenidas repletas de comércio: Sanjo, Shijo, Karasuma e Kawaramachi. Para quem aprecia produtos frescos e feitos artesanalmente, vale uma visita ao Nishiki market que fica nessa região. Ao anoitecer, passeamos um pouco pela estreita e típica rua Pontocho que tem inúmeros restaurantes.

Ciclovia que beira o rio Kamo

Caminho de pedras sobre o rio utilizado quando o nível dele está baixo

Portal do santuário Shimogamo

Um costume é lavar as mãos e a boca antes de entrar num templo ou santuário

Entrada do santuário Shimogamo

Eles produzem shochu ou sakê. Sinceramente não consido identificar esse que estão na foto.
 
Dentro do santuário

Esses papéis são de mal presságios e por isso foram amarrados



Templo de Ginkakuji



Jardim interior do Ginkakuji

Outra visão do Ginkakuji
 
Mulheres vestidas com o traje típico no jardim do templo
Avenida Teramachi - coberta e repleta de comércio

Nishiki market


Ruela charmosa de Pontocho 


Avenida Kiyamachi - paralela à Pontocho e muito interessante também

Este é o rio que corre ao lado da Avenida Kiyamachi

2º dia - Compramos um day pass para ônibus (500 ienes e uso ilimitado no dia que comprou) e fomos até o santuário Heian Jingu. Como na hora da saída estava chovendo, fomos esperar a chuva passar embaixo do toldo onde ocorreu a situação inesperada que descrevemos anteriormente. Tomamos um ônibus até a avenida Sanjo e andamos pela rua pontocho que margeia o rio. Como o tempo não estava ajudando e tínhamos ganhado guarda-chuvas, pegamos um ônibus até a estação de Kyoto e passeamos um pouco pelos arredores, em especial numa mega loja de departamento chamada Yodobashi. Tem tudo de eletrônicos que você imaginar. Mas não compramos nada, pois fica difícil de carregar e temos que economizar dinheiro para nossa viagem durar mais. Aliás, acho que o desapego às coisas materiais é uma das duras lições que já aprendemos. Para fechar o dia e aproveitar nosso day pass conhecemos o bairro de Gion repleto de restaurantes e das famosas gueixas.

Entrada do santuário Heian Jingu


Santuário Heian Jingu


Jardim do santuário


Ponte coberta do jardim

Uma das construções do jardim
Portal de uma rua repleta de restaurantes e onde moram algumas gueixas




3º dia - Acordamos cedo e fomos visitar o templo Sanjusangendo famosa pelas 1001 estátuas de Kannon. Em seguida, rumamos para o templo de Kiyomizu ou Kiyomizu-dera onde pode-se caminhar bastante e apreciar outros templos próximos. Uma dica para quem gosta de museu é visitar o Museu Nacional de Kyoto que fica em frente ao templo Sanjusangendo.

Templo Sanjusangendo

Alunos tendo aula de caligrafia

Jardim do templo

Entrada do templo Kiyomizu


Outra visão do templo que foi construído sobre uma montanha

Interior do templo

Outra parte do complexo do templo

Jardim do templo

4º dia - Por causa do tufão Phanfone, o dia ficou cinzento e choveu o dia inteiro. Então ficamos no Kitaoji Shopping mall e no apartamento.

5º dia - Esse dia o esolhido foi o Castelo de Nijo, mesmo o dia estando nublado devido ao tufão.

Entrada do castelo

Palácio Ninomaru




Ponte que dá acesso ao exterior da parte dos fundos do castelo 

Palácio Honmaru

Visão panorâmica do Honmaru

6º dia - Nesse belo dia de sol, visitamos o santuário da raposa ou Fushimi Inari famoso pelos fileira de portais que percorre uma boa parte da montanha em que o santuário está situado. Posteriormente, fomos ao templo de Nishi Honganji próximo à estação central de Kyoto. Esse lugar não estava planejado inicialmente, mas ao passarmos de ônibus em frente dele, sentimos vontade de ir visitá-lo. Aproveitamos o sol e fechamos o dia conhecendo o santuário Yasaka.

Portal do santuário Fushimi Inari

Parte principal do santuário





A fileira de portais (torii)
Entrada do templo Nishi Honganji


Dentro do templo


A ponte que liga as duas partes do templo

7º dia - Reservamos esse dia de sol para visitarmos o templo Kinkakuji e a região de Arashiyama para conhecermos o templo de Tenryuji e a floresta de bambus.

O famoso templo dourado Kinkakuji



A floresta de bambus




8º dia - Fizemos um day trip (bate e volta  no mesmo dia) para Nara. A cidade tem inúmeras atrações, mas focamos no templo Todaiji e no imenso parque onde ele se encontra.

Estação de trem de Nara

A estação pelo lado de fora

Avenida principal para se chegar no templo

Um dos templos de Nara

Pagado de Nara

Note que essas criaturas não são tão tranquilas assim

Os veados são símbolo da cidade

Entrada que dá acesso ao Todaiji

Detalhe


Templo Todaiji

O Buda gigante



A lenda diz que quem passar por esse buraco é uma pessoa iluminada. Bom prefiro ficar no lado negro da força e não tentar!

Mais alguns pratos típicos

Carê com carne de porco à milanesa

Oshiruko - sopa doce de feijão azuki com moti levemente tostado 

Tempurá - verduras e frutos do mar empanados com uma massa. Sabia que isso é devido à influência portuguesa em 15__ ?

Asinhas de frango do Yamachan. O que tem de especial? Olhe a próxima foto!

Entendeu?

Takoyaki - Bolinhos cremosos com recheio de polvo

Futomaki negui toro - Sushi enrolado com cebolinha e barriga de atum

Nabeyaki Udon

O próximo destino será Osaka!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, antes de postar o comentário, preencha Nome/URL com o seu nome. Se não quiser se identificar, invente um nome. Muito obrigado!